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Entidades da classe contábil e Sefin discutem problemas e soluções para GissOnli

A ferramenta GissOnline foi tema de uma mesa redonda, mediada pelo presidente Cassius Coelho, na sede do CRC-CE, dia 16 de dezembro. Conselheiros e dirigentes das demais entidades da classe contábil estiveram reunidos com o gerente de ISS da Secretaria de Finanças do Município de Fortaleza (Sefin), Eduardo Azevedo.

Eduardo, que já foi vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRC, reconheceu o grande desafio para a implantação e gerenciamento do GissOnline, pois Fortaleza é o maior município onde o sistema foi implantado. "Sabíamos das dificuldades que teríamos. Comprometemo-nos a prestar uma melhor assistência aos contadores e montamos uma infraestrutura de atendimento adequada. O CRC fez tudo o que pedimos ao disponibilizar-se para a realização dos treinamentos".

O gerente explicou que existem dificuldades legais. É o caso de empresas dos setores da Construção Civil, Hoteleiro e Agências de Publicidade, que estão entre os 12 grupos de empresas com maiores impedimentos. "Para algumas dessas empresas, o quadro é crítico, onde as pessoas têm que emitir duas notas fiscais para o mesmo serviço, uma para a Sefaz e outra para a Sefin".

Um grupo de trabalho foi formado para discutir os segmentos. "Muitas coisas estavam previstas e não serão mais daquele jeito. A ideia do sistema é que você não vai precisar fazer mais nada, joga os dados e o sistema faz tudo - mas na prática não é bem assim. Tem que haver intervenção da empresa, do contador", ponderou Eduardo. "O CRC é nosso grande parceiro, pois são os contadores que sabem dos problemas".

Ele enfatizou que a Sefin está pronta para resolver todas as questões que envolvem a ferramenta, e pede compreensão. "Estamos terminando de ajustar os problemas. Diariamente temos nos reunido com representantes de cada um dos 12 grupos. Até que as coisas estejam 100% corretas é preciso ter muita prudência para que ninguém perca informação".

O gerente destacou já ter havido entendimento com a Receita Federal para corrigir os problemas referentes às empresas do Simples Nacional, o que corresponde a 90% de todos os prestadores de serviços da Prefeitura. "Não há interesse em impor uma coisa que não vai dar pra fazer. A gente quer que funcione bem pra todo mundo".

Cassius Coelho disse esperar que toda a administração da Sefin corrobore da mesma visão de Eduardo, "pois o contador é um dos mais prejudicados no processo". As entidades entregaram oficio conjunto solicitando audiência com o secretário de Finanças, Alexandre Cialdini, para que possam apresentar a ele os entendimentos e sugestões sobre o sistema e irão se mobilizar para solicitar o adiamento do início da vigência do sistema, reforçando que as mudanças necessárias sejam executadas o quanto antes.

Uma nova reunião será agendada em breve com a Sefin para a discussão do assunto.