INSS: greve dos servidores chega ao fim com assinatura do último acordo
Nesta quarta-feira (6) chegou ao fim a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social, após 114 dias de paralisação, com a assinatura do último acordo entre a Federação Nacional de Sindicatos e Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). Os funcionários devem voltar ao trabalho nesta sexta-feira (8).
De acordo com a diretora da federação e do comando de greve, Thaize Chagas, a assinatura do acordo veio porque os servidores decidiram, por meio de assembleia, encerrar a movimentação diante da falta de justificativas que estavam sendo anotadas na ficha de cada um, podendo passar por Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e resultar em uma demissão.
O acordo assinado com a Fenasps para o fim da greve contempla a retirada das faltas injustificadas e o pagamento dos dias parados e, no novo documento interno do INSS, os gestores eram orientados a retroagir a falta injustificada desde o dia 30 de setembro.
Com a assinatura do acordo, segundo o presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, afirma que os servidores estão “protegidos” pelas regras do documento, dizendo ainda que as faltas injustificadas não poderiam ser negociadas e tinham de ser descontadas, diferentemente das faltas por greve.
"Foi o mesmo acordo feito para os servidores que assinaram lá atrás. No mês seguinte, você devolve os descontos e as ausências são repostas até 31 de dezembro de 2025."
Stefanutto ainda afirma que com relação a paralisação, "prejuízos sempre têm", mas que não foram tão altos, tendo em vista a informatização do INSS, com mais de 40% dos benefícios concedidos por robôs e número menor de adesão na reta final.
Vale lembrar que as principais reivindicações da categoria estão ligadas à:
Mudança de nível de escolaridade a ser exigido para ingresso no cargo de técnico do seguro social;
Alteração para o cargo se tornar carreira de Estado, com benefícios.
Conforme o acordo assinado, está prevista a garantia aos servidores os reajustes em 2025 e 2026, bem como a reestruturação da carreira, que passará de 17 para 20 níveis.