CFC participa de grupo de trab. sobre E-social
A folha de pagamento digital (ou eSocial) vai unificar, num único sistema, o envio de todas as informações dos trabalhadores aos órgãos federais. Para se adaptar, as empresas terão de mudar a maneira como tratam esses dados. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é um dos membros do Grupo de Trabalho Confederativo (GTC), criado com o objetivo de construir, juntamente com governo e sociedade, toda a estrutura desta nova plataforma.
Isso porque, segundo o representante do CFC no Grupo, contador Cassius Coelho, os profissionais da contabilidade são os grandes agentes da implantação direta do e-Social, por isso a importância da participação do Conselho nesta implementação. ”Passa por nossas mãos todo o processamento da parte de recursos humanos e folha de pagamento. O impacto desse sistema no dia a dia do profissional contábil é enorme. Queremos mostrar para a classe contábil o que está sendo feito para minimizar os possíveis impactos”, diz.
Para ele, a folha de pagamento digital é positiva porque vai diminuir as obrigações acessórias que, atualmente, as empresas possuem. “No entanto, reconheço que o grande impacto é a velocidade com que a informação precisa chegar para ser processada e transmitida ao Fisco, por exemplo. É um trabalho que não depende apenas do profissional contábil, mas de outros agentes da empresa. Toda mudança traz impactos e ainda há muito o que ser alinhado”, acredita.
Nas atividades do grupo estão ainda a estruturação do leiaute dos arquivos, a obrigatoriedade das informações, viabilidade operacional nas empresas e a estipulação de prazos e cronograma de implantação. A primeira reunião foi realizada no dia 2 de julho, em Brasília, e outras duas já estão marcadas para 7 e 26 de agosto, também na Capital federal.
O eSocial é a última etapa do Sistema Público de Escrituração Digital, que deverá reduzir a burocracia, aumentar a qualidade das informações e simplificar o cumprimento de obrigações das empresas junto ao governo, entre outros benefícios. A expectativa é que seja implementado até 2015.