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Salários reduzidos marcam retomada do mercado de trabalho

A atual situação do mercado de trabalho segue preocupando o trabalhador que busca recolocação profissional nesse momento de retomada da economia.

Apesar do reaquecimento do mercado e a diminuição gradativa das restrições de circulação, medida utilizada como barreira sanitária para conter a contaminação pelo Covid-19, as oportunidades de emprego não estão no mesmo patamar que no início de 2020.

De acordo com dados do Novo Caged, em julho de 2021 houve um aumento considerável no número de contratações CLT, com saldo de aproximadamente 317 mil novos empregos, dado comemorado pelo governo, mas o salário médio de admissão caiu 1,25% se comparado a junho do mesmo ano.

Ainda segundo pesquisa divulgada em agosto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 50,5% dos acordos trabalhistas no primeiro semestre de 2021 tiveram correção abaixo da inflação, diminuindo o poder de compra do cidadão, que ainda conta com oportunidades de salários reduzidos.

Dados da pesquisa ainda mostram que no período analisado, apenas 22,9% das negociações tiveram ganhos reais, reajustando portanto acima da inflação, e que 26,6% dos reajustes empataram com o número medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Ao comparar com níveis pré-pandemia, atualmente o ganho do trabalhador está 9,4% menor do que o registrado no fim de 2019.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou no programa CB.Poder que apesar da derrota da minirreforma trabalhista no Senado, o governo insistirá na aprovação de programas de estímulo à geração de emprego e renda. Essa situação poderá colaborar com o trabalhador nessa fase de retomada aos empregos.